Vaga para os jogos Olímpicos de Tóquio 2020 também é meta no final desta temporada
Ainda em tratamento intensivo para a lesão na região lombar, mas já sem dores, o surfista ubatubense Filipe Toledo espera um bom resultado para seguir na disputa pelo título mundial do Championship Tour (CT), da World Surf League (WSL), a partir deste dia 3, no Quiksilver Pro France, em Hossegor, na França. Na etapa passada, no Surf Ranch, na Califórnia/EUA, mesmo com a lesão, Filipinho surfou bem e garantiu o segundo lugar, se mantendo bem no ranking e agora o objetivo é comemorar outro bom resultado, também de olho na vaga para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
“Tenho trabalhado bastante o tratamento da lesão, desde que voltei do Japão, durante todo o evento do Surf Ranch e agora que cheguei aqui na França também. Já estou sem dores, mas acredito que a lesão ainda precisa ser tratada. Acredito que estamos no caminho certo para que não volte a ser algo que atrapalhe a minha performance”, diz o atleta.
“Gosto muito da onda da França, um beach break muito bom, pode variar condições, desde tubo até ondas pequenas. É um campeonato bem difícil, justamente pelas variações, mas é uma onda irada, um lugar alucinante que acaba se encaixando de alguma forma no meu surf”, destaca o surfista, que tem os patrocínios da Hurley, Oi, Monster, Nike, Oakley, Jeep, GoPro, SumBum, Smoothstar, Stance, Sharp Eye Surfboards e FCS.
Na França, ele está acompanhado quiroprata Terry Romine, que iniciou o tratamento assim que ele chegou do ISA Games no Japão e também do coach de alta performance, Eduardo Takeuchi, fazendo um trabalho de ativação da musculatura profunda, bem como equilíbrio muscular. “O objetivo é aumentar o espaçamento entre os discos vertebrais (decoaptação) e diminuir a pressão nesta região que está inflamada”, explica Takeuchi.
Filipinho segue confiante, mas como sempre costuma fala, prefere ter o foco em cada bateria. “Todas as etapas são metas para vencer e pegar os pontos, mas como sempre falo, é bateria por bateria, focar no trabalho a cada round e, aí sim, quando estiver lá na final, a gente pensar na vitória”, comenta.
“A disputa pela vaga olímpica, acredito que todos têm como objetivo no final desse ano. Para mim a estratégia é poder focar 100% no título mundial, porque sei que a vaga vai ser a consequência da minha performance, terminando como campeão ou vice. Então, acho que poder dar todo 100% em um objetivo, acho que fica mais leve e a recompensa vem no final do ano”, completa o surfista, que além do segundo lugar na etapa do Surf Ranch, tem como melhores resultados a vitória na etapa de Saquarema, o também segundo lugar em Bells Beach, na Austrália, o terceiro em JBay, na África do Sul, e o quinto em Bali, Indonésia.
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