Equipamento aperfeiçoa trabalho dos agentes de comunitários de saúde
A secretaria de Saúde de Ubatuba divulgou relatório nesta segunda-feira, 13, mostrando que o município já atingiu um total de 76.070 usuários cadastrados no SUS – Sistema Único de Saúde. Esse aumento foi possível graças ao trabalho realizado pelas equipes da secretaria, principalmente a de agentes comunitários de saúde. O trabalho continua e a meta é chegar em quase 91 mil cadastros.
Duas ferramentas foram fundamentais para esse avanço: a aquisição e distribuição de tablets para os Agentes Comunitários de Saúde e a informatização das unidades por meio do E-SUS – PEC (Prontuário Eletrônico do Cidadão).
O uso de tablets começou a ser implementado em Ubatuba em julho de 2019. Em fevereiro deste ano, os 152 agentes comunitários de saúde – todos concursados – já estavam capacitados para uso do equipamento e alimentação dos sistemas de informação do E-SUS.
Além do aumento no número de cadastros, os relatórios disponíveis no site do Ministério da Saúde mostram também a melhoria da qualidade e quantidade de informação por cadastros. Isso representa mais possibilidades de atração de recursos para a saúde do município e consequente melhora no atendimento.
O cadastro também ajuda a manter em ordem os sistemas do cartão SUS (Cad-SUS) e Bolsa Família, entre outros que compartilham e se cruzam para facilitar e priorizar o atendimento do cidadão não só na saúde, como na assistência social e educação.
Os avanços são enormes. Segundo o TABNET – DATASUS, em associação como o Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB), em 2010 foram registradas 4.071 visitas em todo município no primeiro quadrimestre daquele ano. Já no mesmo período de 2020 foram registradas 62.101 visitas pelos Agentes Comunitários de Saúde.
Prontuário Eletrônico do Cidadão
Além da inserção de dados no E-SUS, outro avanço da informatização é o PEC – Prontuário Eletrônico do Cidadão que facilita o acesso a todo histórico de consultas e diagnósticos de um paciente, mesmo que ele tenha sido atendido em outra unidade. Isso garante também a segurança na continuidade do cuidado prestado.
O PEC possui outros recursos que auxiliam as equipes de saúde no momento da consulta como, por exemplo, o quadro de marcos de desenvolvimento da criança, muito útil na detecção de atrasos de desenvolvimento, e o registro de vacinas, que permite atualização das vacinas em atraso no momento da consulta.
Segundo o setor de tecnologia da informação da secretaria municipal de Saúde, o PEC instalado segundo o protocolo do Ministério da Saúde, permite que o prontuário de um paciente esteja disponível em tempo real para qualquer uma das 11 equipes de ESF que já utilizam prontuário eletrônico.
Integrado com o E-SUS AB território, o aplicativo utilizado nos tablets para a coleta de dados, todos os agentes comunitários agora alimentam também o mesmo prontuário, além de realizar o mapeamento em saúde do território.
Agilidade em campo
Os agentes de saúde Kenedy Brasil Inácio, Reinaldo Pereira de Souza, Daniela de Oliveira Aquino, Marcia Pereira e Nailza de Andrade, da equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF) do Horto, são unânimes sobre a importância do tablet.
Para Kenedy, o equipamento “é uma boa ferramenta de trabalho” e Reinaldo reforça que o tablet “veio para facilitar e agilizar nosso trabalho, mesmo que sejam necessários ajustes e melhorias no programa e no sistema como um todo”. Daniela destaca que o tablet ajuda muito, “principalmente quando precisamos recuperar informações sobre o paciente ”.
Já Marcia reforça que, além da agilidade e de maior controle sobre as necessidades dos pacientes, o tablet deu maior profissionalismo e mais credibilidade ao trabalho realizado. “O novo nos assusta um pouco, mas as expectativas foram atendidas. Os programas ainda precisam melhorar, mas ganhamos em tempo, produção e qualidade”, completa.
“Trabalho há 11 anos como agente comunitário de saúde e digo com certeza que o tablet otimizou o meu trabalho”, conta Nailza. “Antes eu precisava coletar e cadastrar dados de uma família no papel para depois passá-los para o computador, assim eu perdia muito tempo digitando as várias visitas domiciliares que eu faço. Mas, com a chegada dos tablets pude cadastrar a família no momento da visita domiciliar, tornando o meu trabalho mais produtivo e possibilitando visitar mais famílias no mesmo intervalo de tempo. E além disso, o equipamento me proporcionou conforto, pois antes eu precisava carregar vários materiais na mochila para realizar uma visita domiciliar e o excesso de peso me causava dor nas costas e com o tablet não preciso mais desses inúmeros papéis, também me ajudando na organização. Hoje, posso dizer que o tablet é uma ferramenta essencial para o meu trabalho”, finaliza Nailza.
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