Operação Mar Revolto mira em desvios de recursos da saúde
Atualizado: 13h55
Na manhã desta terça-feira (31/8), foi deflagrada pelo Setor de Competência Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) a Operação Mar Revolto, que mobilizou 18 promotores, sete servidores, 110 policiais militares e 27 viaturas. Com apoio do 3° Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar, houve o cumprimento de 27 mandados de busca e apreensão nos municípios de São Sebastião, Caçapava, Aracruz e Vila Velha, estes dois últimos no Estado do Espírito Santo.
Com aval da 3ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, as diligências foram cumpridas nas sedes de órgãos públicos de São Sebastião, nas sedes de empresas que forneceram produtos e serviços ao município e nas residências de diversos agentes públicos e empresários. Há ainda investigações em andamento na Promotoria de São Sebastião, na área de repressão aos atos de improbidade administrativa, relacionadas aos mesmos fatos.
Até o momento, o MPSP apurou que, nos primeiros meses da pandemia de covid-19, o município de São Sebastião já havia gasto cerca de R$ 20 milhões em serviços, produtos e equipamentos supostamente destinados ao combate à doença, embora muitos deles sequer tenham sido efetivamente empregados com este fim. O MPSP verificou também a contratação de estruturas e equipamentos para implantação de dois hospitais de campanha na cidade, sendo que nenhum deles foi efetivamente utilizado.
As investigações prosseguirão com a análise do material apreendido e outras medidas voltadas à apuração de crimes como desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Outro lado
A Prefeitura de São Sebastião foi procurada para falar sobre o assunto, mas até agora não receber retorno. O prefeito Felipe Augusto também foi procurado, mas até momento também não respondeu.