Prefeitura realiza a demolição de quiosque abandonado e inicia projeto de recuperação ambiental da área
A Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, realizou nesta quinta-feira (8) a demolição do quiosque abandonado no início da Avenida Geraldo Nogueira da Silva, próximo à rotatória e a ponte do Rio Lagoa.
A medida faz parte de um esforço para recuperar da vegetação nativa na região e melhorar as condições urbanísticas do local. A estrutura do quiosque, que já estava deteriorado e representava um risco iminente de desabamento, foi completamente removida, incluindo todo o pavimento abaixo. A ação tem o objetivo de garantir a segurança dos transeuntes, mas também o resgate da flora nativa local, contribuindo para a recuperação de áreas que estavam degradadas.
Além da demolição, a Prefeitura informa que o local passará por um processo completo de restauração. Ainda esta semana serão instalados pontaletes, enviados do entorno do Rio Santo Antônio na Avenida da Praia do Centro, que servirão para cercar a área anteriormente ocupada pelo quiosque. O local também será demarcado por cordas e terá placas informativas.
É importante destacar que essa ação atende a uma decisão judicial e faz parte do projeto piloto do programa “Restinga de Caraguá”, que foi aprovado por unanimidade na reunião ordinária do Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA) realizada no mês de maio e contou com a sinalização positiva da Superintendência do Patrimônio da União (SPU) e do Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria da República em Caraguatatuba.
Programa “Restinga de Caraguá”
A primeira fase do projeto irá atuar especialmente na limpeza, manejo e conservação das diversas espécies da vegetação conhecida popularmente como “jundú”. A medida é justificada, pois a rica biodiversidade das praias têm sofrido interferências negativas com a predominância de uma única espécie chamada “marmeleiro” (Dalbergia ecastophyllum).
Essa espécie é de porte arbustivo, cuja característica de rápido crescimento e domínio quase completo do ambiente, gera sombreamento exagerado e está causando o desequilíbrio e o declínio da vegetação nativa das praias.
Outra justificativa para tal medida é que a dominação do ambiente por uma única espécie, inclusive inapropriada para o local em questão, favorece outros efeitos negativos, como a erosão, deformidade e desfiguração da paisagem natural, acúmulo de lixo, usos humanos indevidos, entre outros, causando além da perda da biodiversidade natural, também problemas sociais em questões de segurança e de saúde pública.
O projeto piloto contemplará dois pontos específicos, sendo eles: um trecho da Praia das Palmeiras, numa parte bastante degradada, mas de grande relevância ecológica por estar na foz do Rio Lagoa e um trecho na Praia do Capricórnio, na divisa com a Praia do Massaguaçu. Em suma, o programa tem o objetivo principal de restabelecer as condições originais das áreas com a execução de diversos projetos de restauração ecológica para recomposição da vegetação nativa e da biodiversidade associada nos ecossistemas costeiros de Caraguatatuba.