Prefeitura inicia projeto ‘Restinga de Caraguá’ com demolição de quiosque abandonado e recuperação da área
A Prefeitura de Caraguatatuba, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, dará início à primeira fase do projeto ‘Restinga de Caraguá’ nesta quinta-feira (8), para revitalizar a área costeira do município.
A ação começará com a demolição do quiosque 40, localizado na Avenida Geraldo Nogueira da Silva, próximo à rotatória e à ponte do Rio Lagoa, que se encontra em estado de abandono e vinha sendo utilizado como abrigo para pessoas em situação de rua, além de ser um ponto de atividades ilícitas. A medida ainda atende a uma decisão judicial.
O quiosque apresenta risco iminente à segurança pública já que partes do telhado, janelas e portas já foram retiradas e a estrutura pode desabar a qualquer momento.
Portanto, os escombros serão retirados e a área será incorporada ao projeto de restauração da vegetação original nativa da praia. Cabe ressaltar, que além da remoção de estruturas deterioradas, o projeto visa a preservação e revitalização da biodiversidade local. Antes do início da demolição, placas informativas sobre o projeto serão instaladas na área, esclarecendo à população sobre os benefícios e objetivos da iniciativa.
O programa ‘Restinga de Caraguá’, juntamente com seu projeto piloto, foi aprovado por unanimidade na reunião ordinária do Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA) realizada no mês de maio e contou com a sinalização positiva da Superintendência do Patrimônio da União (SPU) e do Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria da República em Caraguatatuba.
Projeto “Restinga de Caraguá”
A primeira fase do projeto irá atuar especialmente na limpeza, manejo e conservação das diversas espécies da vegetação conhecida popularmente como “jundú”. A medida é justificada, pois a rica biodiversidade das praias têm sofrido interferências negativas com a predominância de uma única espécie chamada “marmeleiro” (Dalbergia ecastophyllum).
Essa espécie é de porte arbustivo, cuja característica de rápido crescimento e domínio quase completo do ambiente, gera sombreamento exagerado e está causando o desequilíbrio e o declínio da vegetação nativa das praias.
Outra justificativa para tal medida é que a dominação do ambiente por uma única espécie, inclusive inapropriada para o local em questão, favorece outros efeitos negativos, como a erosão, deformidade e desfiguração da paisagem natural, acúmulo de lixo, usos humanos indevidos, entre outros, causando além da perda da biodiversidade natural, também problemas sociais em questões de segurança e de saúde pública.
O projeto piloto contemplará dois pontos específicos, sendo eles: um trecho da Praia das Palmeiras, numa parte bastante degradada, mas de grande relevância ecológica por estar na foz do Rio Lagoa e um trecho na Praia do Capricórnio, na divisa com a Praia do Massaguaçu.
Em suma, o programa tem o objetivo principal de restabelecer as condições originais das áreas com a execução de diversos projetos de restauração ecológica para recomposição da vegetação nativa e sua biodiversidade nos ecossistemas costeiros de Caraguatatuba.