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Pinguins-de-Magalhães reabilitados no Instituto Argonauta são devolvidos em alto mar

Através de parceria com o IPeC, os sete pinguins foram transferidos de Ubatuba para Cananéia três dias antes da soltura, e foram soltos junto a outros 8 animais da mesma espécie

Pinguins-de-Magalhães reabilitados no CRD do Instituto Argonauta foram soltos no último dia 13 de dezembro, em operação conjunta com o IPeC. (Divulgação/Instituto Argonauta)

Para fecharmos o ano com boas notícias, recebemos as imagens da soltura de 7 Pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) reabilitados pelo Instituto Argonauta, no Centro de Reabilitação e Despetrolização de Ubatuba (CRD), no âmbito do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), e que foram soltos em alto mar na região de Cananéia no último dia 13 de dezembro, em parceria com o Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC). Os sete pinguins foram transferidos de Ubatuba para Cananéia três dias antes da soltura, e foram soltos junto a outros 8 animais da mesma espécie.

Como os pinguins são animais gregários (que vivem e viajam em grupos), é bem importante que sejam reintroduzidos na natureza da mesma forma (em grupo) aumentando assim, as suas chances de sobrevivência no caminho de volta para casa. Aproveitando uma janela climática, foram reunidos os animais reabilitados no estado de São Paulo que aguardavam a oportunidade de serem devolvidos à natureza.

Pinguins foram soltos em alto mar na região de Cananéia/SP (Divulgação/ IPeC)

Os animais reabilitados no CRD Argonauta, verdadeiros sobreviventes, percorreram um longo percurso até chegarem ao litoral Norte de São Paulo, onde por vezes são encontrados encalhados e cujo resgate nessa região é realizado pela equipe PMP-BS do Instituto Argonauta. “É comum a ocorrência destes animais na nossa costa, porém tem alguns anos que o número de encalhes é surpreendente, como este ano, em que tivemos 618 registros”, conta Carla Beatriz Barbosa, coordenadora do Trecho 10 do PMP-BS Área SP.

Pinguins-de-Magalhães em reabilitação no Centro de Reabilitação e Despetrolização de Ubatuba (CRD) do Instituto Argonauta. (Divulgação/Instituto Argonauta)

“Os pinguins que foram soltos passaram por um período médio de 2,5 meses de reabilitação, receberam tratamento e manejo nutricional direcionado às necessidades específicas de cada um. Todos os animais responderam rapidamente ao tratamento, tiveram exames laboratoriais realizados, ganharam peso adequado, atendendo a todos os critérios de soltura”, detalhou a médica veterinária MSc. Raquel Beneton Ferioli, Veterinária Responsável Técnica do Instituto Argonauta no CRD de Ubatuba.

Presidente do Instituto Argonauta, o oceanólogo Hugo Gallo Neto comenta que esta é uma espécie cujas populações estão declinando e que se encontra próxima do status de ameaçada. “As ações antropogênicas como a pesca predatória, o aquecimento global e a poluição por lixo e óleo são as principais ameaças a esta espécie. Desta forma, a segunda chance que tentamos dar ao reabilitar cada um destes animais, pretende ser uma pequena contribuição no sentido de reequilibrar a balança em favor dos pinguins.” complementa.

Sobre o Instituto Argonauta

O @institutoargonauta foi fundado em 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba e reconhecido em 2007 como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O Instituto tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente, em especial a conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos. Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, dentre outras atividades.

 Sobre o PMP-BS

O Instituto Argonauta também é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.

O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Argonauta monitora o Trecho 10, compreendido entre São Sebastião e Ubatuba.

Para maiores informações consulte: www.comunicabaciadesantos.com.br

Redação

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