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Médica faz alerta sobre o “efeito sanfona” durante a pandemia do novo coronavírus

“A pandemia, período de reclusão, aumentou o nível de ansiedade e com ela, o consumo alimentar geral e de guloseimas”, diz a médica Gabriela Camargo

Durante a quarentena decretada pelos governos estaduais e municipais, milhares de pessoas estão em suas residências respeitando as recomendações das autoridades de saúde, como forma eficaz de frear a disseminação do novo coronavírus.

Com isso, muitos dos brasileiros se veem diante de um problema, pois ficar todo esse tempo em casa é um convite irresistível a comer bem. Ainda mais nesse friozinho típico do outono, quando parece que a fome aumenta ainda mais.

Há diversos relatos nas redes sociais de pessoas que já lamentam ter adquirido alguns quilos, fazendo com que a luta na balança se torne uma realidade no mundo atual.

Segundo a endocrinologista, nutróloga e clínica geral Gabriela Camargo, o denominado “efeito sanfona”, caracterizado pelo “emagrece, engorda, emagrece, engorda, novamente”, é uma constante na vida de muitos brasileiros que já passaram ou passam pela dificuldade decorrente de uma dieta muito rigorosa. Ou seja, ganha todo o peso perdido novamente ou aumentar o peso ainda mais.

“A pandemia, período de reclusão, aumentou o nível de ansiedade e com ela, o consumo alimentar geral e de guloseimas, facilitando, ainda mais, este fenômeno”, explica a especialista, acrescentando que é importante lembrar que emagrecer se torna mais difícil e engordar, cada vez mais fácil, quando se vive o efeito sanfona.

“Ocorre o efeito sanfona quando se engorda logo depois de emagrecer, geralmente, para valores numéricos similares ao peso anterior ou acima. Trata-se da resposta do organismo a uma perda rápida ou desequilibrada do peso corporal, e quando frequente, pode causar danos e diminuir o metabolismo”, alerta.

De acordo com a Dra. Gabriela Camargo, o mecanismo de “emagrecer e engordar” altera o metabolismo deste indivíduo porque aumentam os riscos de acúmulo de gordura no corpo, pois quando se perde peso, perdemos também massa magra. Porém, quando se recupera o peso, aumenta-se basicamente a gordura.

O metabolismo, explica ela, é o conjunto de reações bioquímicas que controla o funcionamento do nosso organismo. Quanto mais massa muscular possuímos, mais energia temos para queimar e, com isso, o metabolismo se acelera. “Com a perda de músculos e o ganho de gordura, o metabolismo desacelera e engordamos cada vez mais”, acrescenta. 

Como evitar o “efeito sanfona”

A especialista explica que variações pequenas entre 1kg a 2kg em períodos de quarentena, férias e festas de final de ano, não são considerados “efeito sanfona”. Mas grandes variações, sim. Ela faz um alerta para quem engordou mais quilos neste período.

A médica recomenda que para evitar o efeito sanfona, obesos ou indivíduos com dificuldades de se manterem perto de seu peso ideal devem procurar auxílio médico, pois a obesidade é considerada uma doença crônica, como a hipertensão arterial e o diabetes e demanda tratamento.

Levantamento do Ministério da Saúde mostra que uma em cada cinco pessoas é obesa, quando o IMC (Índice de Massa Corporal), que é o peso do paciente dividido pelo quadrado da sua altura é maior que 30. Ainda segundo o ministério, mais da metade da população das capitais brasileiras está com sobrepeso (IMC na faixa entre 25 e 29,9).

Em 2013, a American Medical Association, uma das organizações médicas mais influentes do mundo, decidiu classificar a obesidade como doença. Ao longo dos anos, outras entidades médicas internacionais – incluindo a OMS (Organização Mundial da Saúde), reconheceram a condição como um problema crônico, que necessita de tratamento específico e de longo prazo.

Para evitar o “efeito sanfona”, a Dra. Gabriela Camargo dá duas dicas básicas. Uma é emagrecer de forma gradativa e mudar os hábitos alimentares e de vida, como introdução de atividades físicas na rotina diária. Outra é evitar dietas milagrosas, pois não se mantêm estes hábitos a longo prazo e a possibilidade de ganhar o peso novamente é muito maior.

“Para que ocorra uma mudança no metabolismo destes indivíduos que perderam peso, é necessário manter-se com seu novo peso, de forma que este organismo compreenda que a perda de peso não é temporária, devido à escassez de alimentos, por exemplo, e sim, resultado de um novo balanço energético ao qual terá que se adaptar”, concluiu a especialista.

SERVIÇO | DRA. GABRIELA CAMARGO

Endereço:  JK Estética Avançada | Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, 1545 | Conjunto 77-A | Vila Nova Conceição | São Paulo (SP)

Telefone: (11) 9-8559-2871

Instagram: @dragabrielacamargo 

Redação

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