Na tarde do dia 1º de agosto, a equipe do Instituto Argonauta para a Conservação Costeira e Marinha, responsável pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) no litoral norte de São Paulo, foi acionada para resgatar um lobo-marinho-subantártico (Arctocephalus tropicalis) encontrado morto, boiando no mar entre as regiões da Ponta Sepituba e Borrifos.
Para garantir um atendimento rápido e seguro, a equipe do Instituto Argonauta contou com o apoio da Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil, utilizando uma embarcação e contando com o suporte de funcionários para a localização e o resgate do animal.
O lobo-marinho-subantártico resgatado foi identificado como uma fêmea, medindo cerca de 122 cm e pesando aproximadamente 26 kg. O animal foi encaminhado para a Unidade de Estabilização do Instituto Argonauta em São Sebastião, onde será realizada uma necropsia. Durante este procedimento, serão coletados dados e feitas análises para identificar as possíveis causas da morte.
“A realização da necropsia é uma ferramenta essencial na investigação e identificação das causas de morte da espécie encontrada, garantindo um diagnóstico preciso através da análise do estado dos órgãos e tecidos”, destacou a engenheira florestal e secretária de Meio Ambiente de Ilhabela, Kátia Freire.
Sobre o Lobo-marinho-subantártico
Os lobos-marinhos-subantárticos habitam todo o hemisfério sul e, durante o inverno e primavera, deslocam-se para regiões costeiras em busca de alimento. No Brasil, são comumente encontrados no Rio Grande do Sul, mas nos últimos anos, tem sido frequente a presença desses animais no litoral norte de São Paulo.
Esses lobos-marinhos alimentam-se de peixes, crustáceos, pinguins e cefalópodes, e têm como principais predadores as orcas (Orcinus orca) e as focas-leopardo (Hydrurga leptonyx). Os machos podem medir até 195 cm de comprimento e pesar em torno de 165 kg, enquanto as fêmeas atingem até 145 cm de comprimento e pesam, em média, 165 kg.
Sobre o Instituto Argonauta
Fundado em 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba e reconhecido em 2007 como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), o Instituto Argonauta tem como missão a conservação do meio ambiente, especialmente dos ecossistemas costeiros e marinhos. O Instituto apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e gestão de resíduos sólidos no ambiente marinho, entre outras atividades.
O trabalho desenvolvido pelo Instituto Argonauta é de extrema importância para a conservação da fauna marinha e para o conhecimento científico sobre as espécies que habitam o litoral brasileiro.
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