Instituto Argonauta recebe o primeiro pinguim da temporada 2020
O animal foi resgatado em Ilhabela, estabilizado na Unidade de Estabilização em São Sebastião e transferido para base do Instituto Argonauta em Ubatuba
Passa por cuidados especiais no Centro de Reabilitação e Despetrolização (CRD) desde o último dia 16 de junho, na base do Instituto Argonauta no bairro Perequê-Açu em Ubatuba/SP, o primeiro Pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) da temporada de 2020 no Litoral Norte.
O animal foi resgatado pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) do Instituto Argonauta no dia 9 de junho, na praia do Itaguaçu em Ilhabela, litoral norte paulista. Ele apresentava sinais de cansaço e estava desidratado.
O pinguim recebeu os primeiros cuidados na Unidade de Estabilização do Argonauta em São Sebastião, e depois de estabilizado, foi transferido para o CRD, onde permanecerá em reabilitação até que esteja apto e saudável para ser futuramente solto no mar.
O aparecimento de pinguins na costa brasileira é bastante comum, pois todos os anos esses animais se lançam ao mar em busca de alimento, mas alguns acabam se perdendo do grupo e são encontrados em nossas praias. Muitos chegam debilitados e, por isso, são resgatados e reabilitados.
Esses animais migram, principalmente no inverno, das regiões patagônicas e Ilhas Malvinas onde existem as colônias de reprodução. Ao contrário do que muitos imaginam, os Pinguins-de-Magalhães não são polares e, por isso, não estão adaptados a baixas temperaturas. Por isso, caso você encontre um pinguim na praia, a orientação dos técnicos é para colocá-lo em um lugar seco (como por exemplo uma caixa de papelão), envolto em uma toalha ou jornal para mantê-lo aquecido, e esperar o resgate especializado chegar – atentando-se para não levar bicadas, principalmente nos olhos.
O Instituto Argonauta reabilita pinguins desde o ano de 98 em continuidade ao trabalho realizado pelo Aquário de Ubatuba desde 1996, tendo resgatado diversos Pinguins-de-Magalhães nos anos em que os mesmos tiveram presentes nas nossas costas.
Sobre o Instituto Argonauta
O @institutoargonauta foi fundado em 1998 pela Diretoria do Aquário de Ubatuba e reconhecido em 2007 como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). O Instituto tem como objetivo a conservação do Meio Ambiente, em especial a conservação dos ecossistemas costeiros e marinhos. Para isso, apoia e desenvolve projetos de pesquisa, resgate e reabilitação da fauna marinha, educação ambiental e resíduos sólidos no ambiente marinho, dentre outras atividades. O Instituto Argonauta também é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.
O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Instituto Argonauta monitora o Trecho 10, compreendido entre São Sebastião e Ubatuba.