Família de coruja buraqueira é atração no Ciase do Travessão
Uma família de corujas buraqueiras, cujo nome científico é Athene cunicularia, tem atraído curiosos para uma área próxima ao Centro Integrado de Ações Sociais e Esportivas (Ciase) do Travessão, na região Sul de Caraguatatuba.
Há um casal e cinco filhotes. A equipe da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca (SMAAP) vai ao local para colocar uma placa indicativa informando a presença das aves de forma a ficarem protegidas contra adultos e crianças curiosas que se aproximam para ver mais de perto, porque algumas delas acabam espantando os bichos ou até mesmo sendo atacadas por elas.
No semestre passado, a Secretaria deu início ao projeto ‘Toca das Corujas’ com a instalação de placas nos locais onde elas buscam abrigos, a partir da ideia de alguns munícipes que construíram uma pequena casinha na Avenida da Praia, no Centro de Caraguatatuba.
De acordo com Reinaldo Gomes Dias dos Santos, chefe de Meio Ambiente, já são cerca de 15 pontos identificados na cidade, no Camaroeiro, no Centro, Cocanha, Massaguaçu, Porto Novo, entre outros. “A iniciativa visa a preservação dessas aves, até mesmo de animais que são predadores naturais como cachorros”.
A coruja-buraqueira recebe esse nome por cavar buracos no solo. Ela vive cerca de 9 anos, a reprodução começa entre março ou abril. Botam, em média, de 6 a 11 ovos; o número mais comum é de 7 a 9 ovos. A incubação dura de 28 a 30 dias.
Elas são animais silvestres protegidos pelo artigo 29 da Lei n° 9.605 de Crimes Ambientais. Esse artigo define que “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente é crime sujeito a detenção de seis meses a um ano, além de multa”.
Caso alguém identifique algum ‘buraco’ novo de corujas pode entrar em contato direto com a SMAAP pelo telefone (12) 3897-2530.