Estado monitora “mancha avermelhada” no Canal de São Sebastião; banhistas devem evitar nadar em águas com coloração suspeita
O Grupo de Trabalho Intersecretarial para Monitoramento Integrado de Florações de Microalgas, integrado pelas secretarias da Agricultura e Abastecimento (SAA), Saúde (SES) e Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), por meio da Cetesb, acompanha o deslocamento da mancha avermelhada no canal de São Sebastião-Ilhabela, no litoral norte. A mancha foi identificada inicialmente em alto-mar e passou a ser monitorada, inclusive com coleta de amostras para análise laboratorial.
Até agora, não foram identificadas algas tóxicas, portanto, não havendo risco à saúde humana quanto ao consumo de pescado. Ainda assim, recomenda-se evitar nadar ou praticar esportes náuticos em locais com manchas de coloração suspeita, tendo em vista que algumas pessoas podem ser mais sensíveis e apresentar coceiras ou irritação na pele. O Grupo seguirá acompanhando o tema.
Maré vermelha
Vários microorganismos fazem parte do ecossistema marinho equilibrado. Entretanto, em algumas situações podem aumentar em densidade – esses eventos são denominados de florações, que surgem naturalmente nos oceanos, em geral associadas às mudanças sazonais no regime de luz solar, disponibilidade de nutrientes, condições hidrodinâmicas, e fatores climáticos que atuam conjuntamente. Quando isso acontece, podem ser observadas formação de espuma e/ou alterações na coloração da água, sendo denominadas, de forma genérica, “marés vermelhas”, quando apresentam coloração avermelhada. Embora a maioria das espécies não seja prejudicial à saúde, ao meio ambiente e às atividades econômicas, o monitoramento é realizado constantemente para investigação da toxicidade dos microorganismos presentes.
