Técnicos da Defesa Civil e do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) do Estado estiveram neste sábado (1º/1) em Caraguatatuba para vistoriar áreas de risco. Diante do quadro, eles decidiram colocar o município em estado de alerta, o segundo mais restritivo dentro do Plano Preventivo da Defesa Civil (PPDC).
As avaliações foram em função das chuvas que caíram no último dia 30 de dezembro de 2021, onde, em 24 horas, foram registrados 185 milímetros, o que equivale a 70% do esperado para todo o mês que era de 252,4 mm.
As equipes foram acompanhadas pelo coordenador municipal da Defesa Civil de Caraguatatuba, Capitão Campos Junior, e estiveram na Rua Horácio Valério, no bairro Sumaré, na Rua Antônio Raposo Tavares, no Jardim Forest e na Rua Benedito Antônio Oliveira Barbosa, no Jardim Casa Branca.
No Jardim Forest, sete pessoas já haviam saído de forma voluntária de uma casa e de uma unidade habitacional em um condomínio. Conforme o relatório, foram identificadas duas grandes cicatrizes de escorregamento que movimentaram cerca de 400 metros cúbicos de solo e o muro das moradias estão juntos à base do talude.
Moradores relataram que o escorregamento foi registrado perto das 20 horas de quinta-feira, atingindo algumas moradias.
No Jardim Casa Branca o risco é para uma moradia com três moradores, dois adultos e uma criança, que também estão em casa de parentes. Também houve escorregamento e uma grande quantidade de bambu atingiu o fundo da casa, destruindo a cozinha e a área de serviço.
No Sumaré, houve sensibilização de 32 pessoas de sete casas, sendo 23 adultos, cinco crianças e quatro idosos que haviam saído, de forma voluntária, para casas de parentes e vizinhos. No caso de turistas, eles retornaram para o local de origem. Foi identificado que quatro imóveis estão em risco de serem atingidos no caso de novos escorregamentos de terra.
Entre sexta-feira (31/12) e hoje, 15 imóveis foram interditados preventivamente pela Defesa Civil de Caraguatatuba e pela Defesa e IPA do Estado, sendo que 12 famílias (51 pessoas) ficaram desalojadas e foram para casa de parentes e amigos.
As ações de monitoramento devem permanecer, principalmente, porque há previsão de chuvas intensas nos próximos dias.
Estiveram presentes nas vistorias o representante da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDEC), tenente Matheus Gonçalves Roncatto, e da Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil (REPDEC), Wander Firmino Vieira, além da equipe técnica do IPA, o geógrafo Pedro Garignato Basílio Leal e o geólogo Guilherme Nunes Fernandez.
Eles vieram ao município após apresentação do relatório feito pelo coordenador da Defesa Civil de Caraguatatuba, em vistorias realizadas pela equipe da Defesa na cidade depois das chuvas.
Pelo PPDC, que vigora de 1º de dezembro a 31 de março devido ao período de chuvas, são quatro estados analisados pela Defesa Civil: observação, atenção, alerta e alerta máximo.
Neste período, todo a equipe da Prefeitura de Caraguatatuba fica de sobreaviso, caso a população precise de atendimento com abrigos, alimentos e mesmo limpeza da cidade.
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