Delegado decidiu mudar de maus-tratos para tortura depois que viu as imagens da criança toda machucada
A Polícia Civil de Caraguatatuba investigava uma suspeita de tortura ocorrida no último sábado (04), contra uma criança de 2 anos no bairro Massaguaçu localizado na região Norte da cidade.
Até a tarde desta terça-feira (07/01), o caso era tratado como maus-tratos, porém quando o delegado responsável pelo caso Dr. Tadeu de Castro, tomou ciência ao ver as fotos que mostram os hematomas no corpo da criança e ainda ficou sabendo da fratura no crânio, ele resolveu refazer o boletim de ocorrência.
“Estava tratando o caso como maus-tratos, a mãe da criança teria declarado no hospital que o seu namorado contou que a criança tinha caído da escada. Hoje quando tive acesso as fotos percebi que não se trata de maus-tratos, mais sim de tortura, a criança estava muito machucada e ainda houve trauma de crânio” contou. O crime de tortura se for condenado pode chegar até oito anos de detenção.
O delegado ainda informou que vai ouvir todas as partes para depois montar o inquérito para apresentar para o Ministério Público. Ele ainda contou que o namorado da mãe da criança de 36 anos, deverá ser intimado nos próximos dias para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido.
Entenda caso
Na madrugada de domingo (05), a mãe da criança deu entrada na UPA de Caraguatatuba e após uma avaliação médica a criança foi transferida para a Santa Casa Stella Maris com suspeita de traumatismo craniano.
A criança foi internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), e corre o risco de morte por ter um coágulo e fratura no cérebro. Os ferimentos nos olhos também pode deixar sequelas graves podendo até deixar criança cega de um dos olhos.
A mãe da criança contou para o médico que atendeu o seu filho que tinha deixado a criança com seu namorado e quando retornou do trabalho, ele contou que a criança tinha caído da escada. Segundo o laudo assinado pelo médico Marcelo José, as lesões não eram compatíveis com queda de escada. A direção da Santa Casa comunicou ao Conselho Tutelar que encaminhou o caso para Polícia Civil.
Procurada, a Conselheira Cíntia Alves, contou que está acompanhando o caso sendo adotadas as medidas necessárias de proteção à criança e as informações estão em segredo de justiça.
Um exame do IML para ser anexado no inquérito será feito ainda hoje na criança. O homem suspeito do crime ainda não se apresentou na delegacia e por ser suspeito é considerado foragido.
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