Chuvas castigam litoral norte paulista e sul-fluminense; Rio-Santos segue interditada entre Ubatuba e Paraty

A chuva continua castigando o litoral norte paulista e o o litoral sul fluminense. A rodovia Rio-Santos tem vários trechos com quedas de árvore e deslizamento de encosta nas duas regiões. Em alguns trechos da Rio-Santos, o tráfego está sendo feito no sistema Pare & Siga e pelo acostamento. A ligação entre Ubatuba e Paraty permanece totalmente interditada no km 1+200 . Confira a situação nas cidades de Ubatuba, São Sebastião, Paraty e Angra:

Ubatuba

Após mais de 24 horas ininterruptas de chuvas em Ubatuba desde a tarde de quinta-feira, 31, a situação começa a se estabilizar na manhã deste sábado, 2. Muitas ocorrências foram registradas na cidade, como alagamentos, deslizamento de massa, queda de árvores e interdição de trechos de vias, principalmente a Rodovia Rio Santos. A BR 101 segue totalmente  interditada no km1+200 e com tráfego fluindo parcialmente nos demais pontos onde foram registradas ocorrências; no km 34 houve ruptura de uma faixa e o tráfego segue parcial com sistema pare e siga.

A estrada da Almada está sinalizada, pois um trecho da pista também foi danificado; uma equipe da Defesa Civil segue em vistoria pelo local.

De acordo com o diretor de Gestão da Defesa Civil de Ubatuba, Ricardo Domingos Gil, a chuva ainda continua principalmente na região Norte mas a tendência é que vá perdendo força. A Defesa Civil trabalha nos desdobramentos das demandas  de sexta-feira,1, e não houve nenhuma ocorrência nova, somente os deslizamentos de terra devido ao solo encharcado. A prefeita Flávia Paschoal aguarda levantamentos da CCR, nova concessionária da Rio-Santos, para saber quando a rodovia será liberada no km 1+200, quase na divisa com Paraty.

Desalojados:

O registro é de 13 famílias na EM Padre Anchieta, sendo 19 adultos  e 19 crianças.

As equipes da Defesa Civil irão vistoriar as ruas do Parque Guarani, verificando as condições do local para liberar as famílias a retornarem para suas casas. Entretanto, a orientação é que elas permaneçam no local ainda durante este sábado,  aguardando as precipitações pararem.

Estradas:

km 1+200: Deslizamento de barreira – Interdição total

km 2+500: Deslizamento de barreira – Tráfego flui parcialmente

km 3+100: Deslizamento de barreira – Tráfego flui parcialmente

km 6+500: Deslizamento de barreira – Tráfego flui parcialmente

km 7+100: Deslizamento de barreira – Tráfego flui parcialmente

km 34: Ruptura de uma faixa – Tráfego flui parcialmente (PARE E SIGA)

Acumulado de chuvas em 72 horas:

Ubatuba (Poruba): 417mm

Ubatuba (Itamambuca): 411mm

Ubatuba (Centro 2): 310mm

Ubatuba (Centro): 279mm

Ubatuba (Estufa Ii): 279mm

Ubatuba (Perequê-mirim): 251mm

Ubatuba (Praia Do Lazaro): 240mm

Ubatuba (Tenório): 240mm

Ubatuba (Marafunda): 223mm

Ubatuba (Rio Grande): 208mm

Ubatuba (Praia Dura): 206mm

Ubatuba (Figueira): 192mm

Ubatuba (Almada): 189mm

São Sebastião (Barra Do Una): 185mm

Ubatuba (Parque Dos Ministérios): 182mm

Ubatuba (Lagoinha): 178mm

Ubatuba (Maranduba): 144mm

Ubatuba (Araribá): 120mm

Atualização dos sistemas de água e esgoto:

Sistemas de produção de água foram afetados devido às condições das captações chegando a parar a produção porém, reservatórios mantiveram o abastecimento e já se encontram em recuperação.

Sistema de esgotamento sanitário afogado devido excesso de águas pluviais nas redes. Sistemas de bombeamento e tratamento operando normalmente e em monitoramento.

Cidade com diversos pontos de alagamento, algumas ocorrências de falta de energia que foram sendo atendidas ao longo de sábado,1.

Falta de água na Barra Seca, comunidade atendida por uma rede que atravessa o Rio Indaiá que com a chuva forte alterou a sua “barra” e danificou a tubulação. Devido às condições inadequadas (chuva e maré alta) ainda não foi possível providenciar o reparo da tubulação. Está sendo disponibilizado abastecimento com carro tanque.

São Sebastião

Muita atenção ao transitar pela rodovia SP-55, na serrinha de Boiçucanga, na altura do KM 160, acabou de acontecer um deslizamento de uma parte do morro e a rodovia foi parcialmente interditada. Seguirá em sistema PARE E SIGA, em uma pista só.
Segundo a prefeitura, o município continua em estado de atenção, com um acumulado de 322mm de chuva, nas últimas 72 horas, o solo está encharcado e com alto risco de deslizamentos e escorregamentos.

Paraty

A Prefeitura de Paraty, através do gabinete de emergência, Defesa Civil e secretarias envolvidas nas ações de prevenção às chuvas, segue monitorando as chuvas na cidade e prestando a assistência às famílias afetadas nos bairros mais afetados. Até o momento, cerca de 60 pessoas foram desalojadas pelas chuvas, já que suas casas foram alagadas nos bairros Condado, Patrimônio e Ilha das Cobras. Estas pessoas foram acolhidas na escola municipal Pequenina Calixto, no centro da cidade, na sede do Detran, no Condado, e na Associação Cairuçu, no Patrimônio.

A Defesa Civil e a Secretaria de Obras estão atendendo no momento uma ocorrência de deslizamento no bairro Ponta Negra, na região costeira, onde há registro de deslizamento de terra sobre casas. Uma base de resgate foi montada dentro do Condomínio Laranjeiras para socorrer eventuais vítimas com lanchas de resgate já que o acesso à Ponta Negra só pode ser feito por barco.

Até o momento, já choveu no município, desde quinta-feira, mais de 300 mm. No total, 22 bairros foram afetados por alagamentos ou por algum dano provocado pelas chuvas. Em relação às estradas, todas as barreiras na Rio-Santos foram removidas ou parcialmente removidas, com exceção do km 592, onde o tráfego flui por desvio por via municipal. Na estrada Paraty-Cunha, o fluxo segue normal, mas há risco de queda de galhos e árvores.

Angra

Nas últimas 48 horas, Angra dos Reis atingiu o volume equivalente a 655 mm no continente, e 592 mm na Ilha Grande, índices jamais registrados anteriormente no município.
A Defesa Civil pede que as pessoas permaneçam em casa e só saiam em caso de ser esta a orientação pelas sirenes, SMS’s ou pessoalmente, pelos técnicos que estão nas ruas.
A orientação é que ao ouvir as sirenes, o morador deve seguir para o ponto de apoio mais próximo disponibilizado pela Prefeitura.
Fonte: Salim Burihan 

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