Caraguatatuba é única cidade do Litoral Norte a ser premiada por reduzir os índices de sífilis congênita e em gestante
Nesta terça-feira (22/10), a cidade de Caraguatatuba foi premiada e recebeu a menção honrosa Luiza Matida Sífilis Congênita, por redução dos índices de sífilis congênita e sífilis em gestante no município.
A Secretaria de Saúde de Caraguatatuba foi a única de todo o Litoral Norte de São Paulo a receber o prêmio, entregue no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, durante a 4ª Semana Paulista de Mobilização Contra a Sífilis Congênita.
O secretário de Saúde, Amauri Toledo, afirma que isto é resultado do comprometimento da atual gestão com a população. O prêmio foi concedido, pois Caraguatatuba reduziu a sífilis congênita em 7% e aumentou a taxa de detecção de sífilis em gestante também em 7%.
“Fomos premiados entre as 22 cidades do Estado de São Paulo que se destacaram na redução dos índices de sífilis congênita e sífilis em gestante. A redução ocorreu de 2017 para cá, pois isso foi uma das prioridades da gestão Aguilar Junior e conseguimos vencer”, avaliou o secretário.
Caraguatatuba foi representada pelo secretário de Saúde, Amauri Toledo, a coordenadora da Atenção Básica, Amélia Maria Ferreira, a fiscal de Saúde Pública, Ceci Oliveira Penteado, a coordenadora da Saúde da Mulher, Margareta Cameron e a enfermeira assistencial Maria Inez Paz Carrara.
Mapa das ocorrências de Sífilis no Estado de São Paulo
A sífilis congênita é decorrente da disseminação hematogênica do Treponema pallidum da gestante não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto, por via transplacentária. Ocorrendo a transmissão vertical, cerca de 40% dos casos podem evoluir para aborto espontâneo, natimorto ou óbito perinatal. A sífilis adquirida na gestação é curável e a sífilis congênita totalmente evitável.
No Estado de São Paulo, entre 2007 e 2018 (30/6), foram notificados 56.261 casos de sífilis em gestantes e 25.687 casos de sífilis congênita. No ano de 2017, durante o pré-natal, 10.606 gestantes com sífilis foram diagnosticadas, representando uma taxa de detecção de 17,3 gestantes para cada mil nascidos vivos, ou seja, em cada 100 gestantes quase duas tiveram sífilis. Deste total de casos, 25% eram adolescentes. Ainda, neste ano, 4.039 casos de sífilis congênita foram diagnosticados e, entre eles, 352 abortos/natimortos e 47 óbitos por sífilis.
O aumento da detecção das gestantes com sífilis, associado ao tratamento oportuno e adequado, têm contribuído para evitar casos de sífilis congênita. Pela primeira vez, nos últimos 10 anos, observa-se uma desaceleração na incidência da sífilis congênita no Estado de São Paulo.
Entre 2015 e 2016, a taxa de incidência de sífilis congênita cresceu 19% (passou de 5,3 para 6,3 casos por mil nascidos vivos). No entanto, entre 2016 e 2017, o aumento foi de 5% (passou de 6,3 para 6,6 casos por mil nascidos vivos).
Caso a detecção e tratamento das gestantes com sífilis continue com tendência crescente, espera-se que, a partir de 2021, os casos de sífilis congênita comecem a apresentar declínio no Estado de São Paulo.