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Baleia encontrada morta em Ilhabela é enterrada na praia de Barreiros e servirá de pesquisa

Uma baleia-jubarte de aproximadamente 7 metros foi encontrada morta, já em estado de decomposição, ontem (25/07) na entrada sul do canal de Ilhabela. A equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), do Instituto Argonauta, foi acionada e se deslocou até a área para atender a ocorrência da carcaça do animal, que estava boiando.

O animal foi removido do cabo onde se enroscou e ancorado próximo ao costão do São Pedro para evitar que ficasse à deriva e causasse algum acidente com as embarcações, ou ainda encalhasse em algum local que pudesse causar inconvenientes à população.

A opção para destinação da baleia-jubarte encontrada em Ilhabela foi rebocar o animal até a praia de Barreiros, onde sua carcaça será enterrada de forma adequada, com o auxílio de uma retroescavadeira.

Com esse procedimento, será possível também à equipe do Instituto Argonauta realizar a necrópsia do animal. A praia de Barreiros foi escolhida por permitir esse acesso, sem prejuízos aos comerciantes e turistas. “Temos o cuidado de fazer a vala na parte mais alta da praia, o mais distante possível da maré cheia e sem residências logo em frente”, explica Carla Beatriz Barbosa, diretora executiva do Instituto Argonauta.

As equipes da Prefeitura de Ilhabela estiveram na manhã desta segunda-feira (26/7) apoiando o trabalho de necropsia e enterro do animal. Estavam presentes funcionários da Secretaria de Meio Ambiente, Defesa Civil e Serviços Urbanos, além de maquinários.

“Acompanhamos a operação de necropsia e enterro do animal que será objeto de estudo por parte do Instituto Argonauta, desde a alimentação até as possíveis causas da morte”, explica o secretário de Meio Ambiente, Xico Graziano.

A presença das baleias-jubarte na região está aumentando porque a população desta baleia está crescendo. Com mais baleias na região, aumentam a chance de acontecer acidentes, como o emalhe acidental na rede dos pescadores ou o atropelamento pelos navios.

Neste ano, as baleias jubarte chegaram em maior número. “Como esse aumento da população é uma ocorrência recente, estamos tentando entender onde e quando estes problemas ocorrem para poder melhor ajudar tanto os animais como os pescadores que dependem da pesca para seu sustento”, afirma o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, presidente do Instituto Argonauta.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800-642-3341 ou diretamente para o Instituto Argonauta: (12) 3833.4863 – 3833.5789/ (12) 3834.1382 (Aquário de Ubatuba) / (12) 3833.5753/ (12) 99705.6506 e (12) 99785.3615 – WhatsApp.

Redação

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