Preço da cesta básica teve a terceira alta consecutiva no Litoral Norte
A pesquisa da Cesta Básica do Litoral Norte, realizada mensalmente pelo Centro Universitário Módulo em parceria com a Faculdade de São Sebastião, apontou que o preço da cesta básica no mês de fevereiro teve a terceira alta consecutiva em todos os municípios: Ubatuba (+ 5,18%), São Sebastião (+ 4,80%) Ilhabela (+ 4,68%), e Caraguatatuba (+5,18%).
A média do preço da cesta nos municípios era de R$ 655,86 em janeiro, com o aumento foi para R$ 686,70 em fevereiro, alta de (+ 4,70%). É a maior alta desde outubro de 2020.
A pesquisa aponta também que o preço da cesta alimentar apresentou tendência de alta nos últimos 4 meses, na comparação entre novembro de 2021 com fevereiro de 2022, com uma alta de + 8,71%. Nos próximos meses será possível verificar se a guerra Rússia – Ucrânia terá impactos nos preços, sobretudo no preço da farinha de trigo e pão francês.
O objetivo da pesquisa é identificar a variação dos preços dos produtos que compõe a Cesta Básica Alimentar nos municípios do Litoral Norte do estado de São Paulo e possibilita, também, comparar com a variação dos preços de outras regiões do país. A coleta de preços é feita mensalmente em 12 supermercados, 3 em cada um dos municípios.
Resultado no mês (fevereiro de 2022)
O preço da cesta básica apresentou a terceira alta consecutiva em todos os municípios do Litoral Norte. Entre os municípios as variações foram as seguintes: Ubatuba (+ 5,18%), São Sebastião (+ 4,80%) Ilhabela (+ 4,68%), e Caraguatatuba (+5,18%). A média do preço da cesta nos municípios era de R$ 655,86 em janeiro, com o aumento foi para R$ 686,70 em fevereiro, alta de (+ 4,70%).
Esse aumento é a maior percentual desde outubro de 2020. A maior movimentação de turistas e a preparação para maiores vendas no feriadão de carnaval podem ter contribuído para essa alta nos meses, além de problemas climáticos que podem ter reduzido a oferta no seguimento de hortifruti.
O preço da cesta básica mais elevado foi registrado no município São Sebastião R$ 693,99 e o menor preço em Caraguatatuba R$ 674,46. A diferença entre a cidade que tem a cesta básica mais cara (São Sebastião) em relação a mais barata (Caraguatatuba) foi de 2,90%.
Em fevereiro, os 13 produtos que compõe a cesta apresentaram alta nos preços em comparação com o mês de janeiro, conforme apresentado na Tabela 2. Os produtos que apresentaram maiores altas no mês foram: batata (+ 11,05%), tomate (+ 9,18%) e carne (+ 5,64%).
A alta no preço do tomate e da batata, que são produtos muito sensíveis as questões climáticas, ainda pode ser consequência das fortes chuvas em várias regiões no país, o que dificultou a colheita, reduzindo a oferta. O aumento no preço da carne pode ser consequência de uma possível redução da oferta com a volta das exportações brasileiras para a China em 2022, após 100 dias parada por problemas sanitários.
No entanto, de um modo geral, a alta nos preços dos produtos que compõe a cesta nos municípios do Litoral Norte pode estar associada a expectativa de maior demanda com o feriadão do carnaval. A coleta de preços foi realizada às vésperas do feriado. Assim, no próximo mês será possível identificar se essa foi uma situação pontual (feriadão) ou uma alta mais continua em função de outros fatores.
Nos últimos 12 meses, 12 dos itens pesquisados apresentaram alta e, apenas, 1 apresentou redução. As maiores variações foram os preços do café (+ 91,35%), tomate (+ 76,46%) e o açúcar (+ 51,74%). Os aumentos no preço do café e do açúcar são consequência da queda da produção nacional com os problemas climáticos (seca em são Paulo e geadas em Minas Gerais), acompanhados pelo aumento da demanda internacional com a redução dos estoques disponíveis.
A alta no preço dos combustíveis provocou o aumento da utilização da cana de açúcar para a produção do etanol, o que reduziu a produção de açúcar contribuindo para a alta do preço do produto. O aumento no preço do tomate é consequência do aumento nos custos de produção e redução da produção devido a problemas climáticas.
Foi identificado nos últimos 12 meses a redução a redução no preço de um único produto, o arroz (-6, 08%). Esse resultado é consequência de uma maior oferta no mercado interno desses produtos. Cabe destacar que o arroz aumentou em + 72,46% entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021. Nos últimos 2 anos o preço do produto apresenta alta de + 61,98%.