Instituto Argonauta e Aquário de Ubatuba emitem a 21ª edição do Boletim do Lixo no Litoral Norte
O Boletim do Lixo foi desenvolvido pelo Instituto Argonauta, em parceria com o Aquário de Ubatuba, com o objetivo de informar mensalmente a situação das praias do litoral Norte de São Paulo com relação à presença de lixo.
Assim, foram determinadas quatro categorias (metodologia proposta por Earll et al., 2000(1), adaptada para nossa região) as quais: Ausente: não há evidência de lixo; Traço: predominantemente ausente, com a presença de alguns itens espalhados; Inaceitável: ampla
Em julho de 2020 foram monitoradas 132 praias do litoral Norte de São Paulo, sendo 57 em Ubatuba, 15 em Caraguatatuba, 31 em São Sebastião e 29 na Ilhabela. Ao longo do período, em 72 praias do Litoral Norte (54,5 %) continham alguma evidência de lixo e foram classificadas na categoria “Traço”, seguido do “Ausente” (40,9 %) e 4,5 % que se classificaram como inaceitável. De acordo com a média mensal, nenhuma praia foi classificada como “Caótico”.
Ao longo do mês, em Ubatuba, foram realizados 1767 registros, 69,3% classificados como “Traço”, seguido do “Ausente” (29,9%) e “Inaceitável” (0,8%). Em Caraguatatuba, de 465 registros, 59,4% foram classificados como “Traço”, seguido do “Inaceitável” (36,8%) e “Ausente” (3,9%). Em São Sebastião, de 961 registros, 78% foram classificados como “Ausente”, seguido de “Traço” (21,1%) e 0,8% inaceitável. Em Ilhabela, de 873 registros, 52,9% indicaram a categoria “Ausente”, seguido de “Traço” (46,7%) e “Inaceitável” 0,3%. Situações classificadas como “Caótico” não foram registadas neste mês.
Devido as medidas preventivas decretadas para pandemia (COVID-19) e, reforçando a segurança com a equipe, a partir do dia 25/03/2020 a coleta dos resíduos sólidos fica suspensa, no entanto a avaliação do grau de contaminação da praia (ausente, traços, inaceitável e caótico) continua como de costume.
O boletim do lixo pode ser acessado na íntegra pelo site da instituição: https://
O Aquário de Ubatuba, o Instituto Argonauta e o Projeto Tamar foram as primeiras instituições a trabalhar na problemática do lixo marinho no Brasil e na região do Litoral Norte.