Campanha de vacinação contra o sarampo termina nesta sexta-feira (25)
Devem comparecer aos postos de saúde crianças de 6 meses a menores de 5 anos de idade.
Esta é a última semana da campanha de vacinação contra sarampo para crianças com idade entre 6 meses e 5 anos. Até sexta-feira (25), o Governo de São Paulo recomenda que pais e responsáveis procurem postos de vacinação.
No último sábado (19) ocorreu o “Dia D” de vacinação, quando o Estado atingiu a marca de 71,7 mil crianças imunizadas contra a doença. Os dados constam em balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, com base em informações dos municípios. Desde o início da campanha, em 7 de outubro, 294,2 mil crianças compareceram aos postos, sendo que parte delas estava com a vacinação em dia.
Somente no sábado, 23,6 mil crianças receberam doses nos postos fixos e volantes instalados em todo o Estado. O público-alvo da campanha deve ser levado aos postos de saúde, preferencialmente com a carteirinha de vacinação, para que um profissional verifique a necessidade de aplicação da dose. A ação é indicada para crianças daquela faixa-etária por serem consideradas mais vulneráveis a apresentar complicações pela doença.
A meta é atender nos postos 2,2 milhões de crianças em todo o Estado para verificação da carteira vacinal e aplicação da vacina, se necessário.
O calendário nacional de vacinação prevê a aplicação da tríplice aos 12 meses e também aos 15 meses para reforço da imunização com a tetraviral, que protege também contra varicela. Neste ano, os bebês com menos de 12 meses também devem receber a chamada “dose zero”, que não é contabilizada no calendário.
A vacina é contraindicada para bebês com menos de 6 meses. A recomendação para os pais e responsáveis por crianças nessa faixa etária é evitar exposição a aglomerações, manter higienização e ventilação de ambientes adequados, e sobretudo que procurem imediatamente um serviço de saúde diante de qualquer sintoma da doença, como manchas vermelhas pelo corpo, febre, coriza, conjuntivite, manchas brancas na mucosa bucal. Somente um profissional de saúde poderá avaliar e dar as recomendações necessárias.
A Secretaria também orientou que as salas de vacinação façam a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a dose feita sem esse componente. Para as crianças com alergia grave ao ovo, é recomendável procurar orientação médica, para que a Vigilância Municipal agende o atendimento em serviço apto a administrar da vacina em ambiente controlado e com condições de realizar o atendimento de anafilaxia (reação alérgica grave), caso necessário.
Outros públicos
A campanha também terá uma segunda fase, neste ano. Será focada em jovens de 20 a 29 anos e acontecerá entre os dias 18 e 30 de novembro, quando acontecerá outro “Dia D”. Esse grupo poderá receber a dose da tríplice ou da dupla viral (sarampo e rubéola), conforme a indicação do profissional de saúde.
Os municípios devem ainda seguir realizando ações de bloqueio diante da notificação de casos da doença.
A vacina é contraindicada também para pessoas imunodeprimidas e gestantes. Pessoas nascidas antes de 1960, na sua maioria, já tiveram a doença na infância e possuem imunidade (proteção) por toda a vida, não necessitando ser vacinadas, conforme diretriz do Ministério da Saúde. As pessoas que tiverem dúvidas quanto à imunização adequada devem procurar um posto, com a carteira vacinal em mãos, para que um profissional de saúde verifique a necessidade de aplicação, que ocorrerá de forma “seletiva”, ou seja, apenas em quem tiver alguma pendência.
O Programa Estadual de Imunização prevê que crianças e adultos, com idade entre um ano a 29 anos, devem ter duas doses da vacina contra o sarampo no calendário. Acima desta faixa, até 59 anos, é preciso ter uma dose. Não há indicação para pessoas com mais de 60 anos, pois esse público potencialmente teve contato com o vírus, no passado.
Cenário epidemiológico
O Centro de Vigilância Epidemiológica estadual realiza monitoramento contínuo da circulação do vírus. Neste ano, até o momento, há 6.861 casos confirmados laboratorialmente.
Considerando que o vírus já circula em todo o território paulista, conforme prevê no Guia de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, a partir de agora o Estado passa também confirmar casos com base no critério clínico-epidemiológico (ou seja, com base em sintomas e avaliação médica), englobando outros 1.758 casos. Cerca de 57,1% do total de casos se concentram na capital. Neste ano, desde agosto, houve 12 mortes decorrentes de complicações pelo sarampo.