Muitas vezes a Sabesp precisa retirar a água salobra que fica infiltrada no solo sob pouca profundidade, uma característica comum na região do litoral norte
As características do solo do Litoral Norte, com lençol freático de pouco profundidade, são um fator que traz dificuldades adicionais à realização de obras na região. Um exemplo é o prolongamento de rede de esgoto na rua Três, no bairro Morro do Algodão, em fase de conclusão. O trabalho, com duração média de 30 dias, tem o envolvimento direto de oito colaboradores, num trecho de 200 metros e disposição de redes a uma profundidade de 1,90 metro.
Para a viabilidade do serviço, houve a necessidade de rebaixar o lençol freático, deixando o local completamente seco para a escavação e assentamento das tubulações. Isso ocorre porque diferentemente de outras regiões onde a Sabesp atua, o litoral norte possui uma condição geológica bastante particular, que acaba tornando mais complexas e lentas as obras de esgotos sanitários.
Conforme explica o gerente operacional da Sabesp em Caraguatatuba, Pedro Rogério de Almeida Veiga, o lençol freático é raso e em qualquer escavação acima de 60 centímetros é encontrada grande quantidade de água, o que impede a realização do serviço caso não haja uma intervenção temporária. “As atividades da nossa rotina só são possíveis com a instalação de um equipamento especial que permanece ligado durante todo o tempo, até a finalização do trabalho, quando a vala é novamente aterrada”, explicou o engenheiro.
Atuando de forma proativa, mesmo em manutenções mais superficiais a Sabesp disponibiliza o equipamento diariamente para as atividades operacionais no município. “Isso favorece uma agilidade em nossas manutenções de forma a não impedir o atendimento aos clientes mesmo em situações de maior dificuldade com relação ao solo. É garantia de maior qualidade em nossos trabalhos”, finalizou Veiga. O que acontece com a água retirada do solo?
Um ponto importante a se destacar é que a água retirada do solo não é própria para consumo por ter característica salobra, resultado da mistura de água doce com água do mar. Após o término das intervenções ela é devolvida para a natureza por meio das galerias de águas pluviais.